terça-feira, 8 de janeiro de 2019

CRÍTICA DE SÉRIE | YOU (1ª TEMPORADA) (2018)

Descrição da imagem: foto promocional da série YOU onde mostra em primeiro plano o rosto do ator Penn Badgley como o personagem Joe com um olhar fixo. Em segundo plano, uma imagem simulando o perfil de instagram da personagem Beck interpretada por Elizabeth Lail, em que há a foto de perfil e outras dela sozinha, com Joe e com suas amigas.



Superficialmente, Joe Goldberg parece ser o cara perfeito. Ele é inteligente, atencioso, administra uma livraria e, curiosamente, parece ter aquele jeitinho nerd sexy do Dan Humphrey de Gossip Girl (o personagem que deu fama ao ator Penn Badgley). No entanto, como as coisas nunca são tão simples quanto parecem, ele na verdade, é um completo stalker sociopata que se vê sortudo quando a jovem Beck entra na livraria e logo em seguida os dois criam uma conexão por causa da paixão pela literatura. Beck (que na verdade se chama Guinevere Beck – interpretada por Elizabeth Lail) é uma aspirante a escritora e possui uma vida on-line intensa, facilitando a coleta de tudo o que Joe precisa saber: o que ela faz, onde mora, a história da família e os amigos. Convencido de que ela é a mulher perfeita da sua vida, ele faz de tudo para provar que é digno de sua atenção.

Ou seja, YOU traz uma história sobre um cara que não sabe a diferença entre obsessão e amor, vivendo em um mundo que muitas vezes tem o mesmo problema. Criada por Sara Gamble e Greg Berlanti e baseada no livro de mesmo nome escrito por Caroline Kepnes, a série é desenvolvida sob o ponto de vista de Joe (e em um episódio pelo de Beck) e traz diversas reviravoltas ao longo de seus 10 episódios, fazendo o expectador ficar viciado desde o início. A ambientação da série remete à Gossip Girl, ironicamente se passando em Nova York e trazendo Penn Badgley como protagonista. Mas seu Joe Goldberg não tem nada a ver com Dan Humphrey (apesar dele também ser um lonely boy na Big Apple).

Não há mistério quanto aos motivos de Joe, porque sua narração está sempre presente, não apenas explicando suas ações, mas as racionalizando. Ele tenta fazer você entender que ele não está perseguindo Beck. Ele só precisa saber um pouco mais sobre ela para que ele não se machuque. E então, ele precisa ajudar a garantir que ela não se machuque pelas pessoas em sua vida (suas amigas e os bad boys que a descartam), ou por suas próprias escolhas e com isso, ele não tem medo de fazer o que for preciso para garantir uma “vida perfeita” para ela. Totalmente assustador né?!

Descrição da imagem: De costas e usando uma blusa preta florida, está a personagem Beck de cabelos presos. Ao seu lado e olhando para ela está o personagem Joe, vestindo blazer preto. Os dois estão no parapeito de um apartamento. 

O roteiro não pretende ser sutil quando se trata de falar sobre a sociopatia de seu protagonista porque o fato é que, em muitos aspectos, Joe parece o tipo de cara que as garotas sonham em encontrar. E é isso que faz YOU construir uma dualidade em cima dos desdobramentos que algumas pessoas podem querer justificar de várias maneiras, com uma linguagem romântica sobre como Joe é o único que realmente vê Beck como ela realmente é, mesmo mostrando a dura realidade sobre o comportamento sociopata dele. Joe às vezes parece ser uma boa pessoa como é mostrado na sua relação com o vizinho Paco (Luca Padocan), tentando ajudar o garoto que vê diariamente sua mãe viciada ser abusada pelo namorado violento. Para Joe, Paco é como um espelho de sua infância também difícil. Ele se sente como um mentor do garoto, assim como o Sr. Mooney (o dono da livraria) foi para ele e sempre está incentivando- o a amar os livros profundamente. No entanto, Joe é aquele personagem com diversas camadas e sua história de fundo vai construindo o quebra-cabeça que é sua personalidade. E Penn Badgley está sensacional no papel (eu já gostava dele como ator desde Gossip Girl e da comédia Easy A), pontuando precisamente sua voz nas narrações e mesclando na tela os momentos do “cara perfeito” com o stalker obsessivo.

Mas não é apenas Joe que se mostra um personagem complexo. Beck também possui camadas e uma história de fundo que é essencial para desenvolvê-la como uma personagem interessante. Ela teve problemas com seu pai no passado e o fato dela não ser privilegiada financeiramente como suas amigas são alguns dos aspectos que fazem com que ela esteja tentando se descobrir naquele mundo cheio de superficialidade e falando de forma clichê, tentando encontrar seu lugar ao sol como escritora. Sua relação com a melhor amiga Peach (Shay Mitchell) é outro fator essencial para o desenvolvimento da história, criando um triângulo Joe/Beck/Peach.  Ter um namorado e uma amiga possessivos é uma situação muito complicada. E por isso, a série não romantiza em nenhum momento os relacionamentos abusivos que são moldados na história.

Descrição da imagem: Beck, de cabelos soltos e blusa branca estampada com pequenas detalhes pretos conversa com sua amiga Peach, esta de blusa preta e cabelos também soltos. Próximas a elas, estão várias pessoas bebendo em taças de vidro e conversando.

Há sim algumas conveniências de roteiro, como toda série possui, mas isso não afeta a qualidade da trama, que tenta fugir de características maniqueístas e trabalha muito bem os tons de cinza dos personagens. Além disso, a crítica sobre o mundo baseados em curtidas de redes sociais também trazem um algo a mais para a história.

A presença de várias mulheres no roteiro e direção dos episódios são outros aspectos essenciais para o sucesso da série e para o desenvolvimento do plot principal e seus subplots, que não poupa em mostrar a obsessão masculina por autoafirmação e por querer ser o objetivo da vida de uma mulher, comportamento bastante comum na nossa sociedade machista, afinal, não precisa ser um stalker sociopata para querer controlar a vida de sua parceira.  O mundo tá cheio de homens que praticam os mais diversos comportamentos abusivos considerados “normais” pelo patriarcado. Um “simples comentário” negativo sobre o tipo de roupa que sua parceira usa ou sobre ela usar "maquiagem demais" são sinais de relacionamento abusivo.

O perigo às vezes pode ser algo excitante, mas essa frase que quase soa como um ditado é aplicada perfeitamente a YOU. Quanto mais sentimos o perigo rondar dentro da trama, mais viciados ficamos pela série. E ao mesmo tempo em que nos sentimos viciados pela história de Joe Goldberg, refletimos sobre o quão é comum se deparar com caras possessivos e fica a questão: Who Are You? 




Trailer legendado:



FICHA TÉCNICA:


Gênero: Drama, Thriller
Número de episódios: 10
Direção: Marcos Siega, Lee Toland Krieger, Marta Cunningham, Kellie Cyrus, Erin Feeley, Victoria Mahoney, Martha Mitchell.
Roteiro: Sara Gamble, Greg Berlanti, April Blair, Michael Foley, Kelli Breslin, Neil Reynolds, Amanda Johnson-Zetterström, Adria Lang.
Elenco: Penn Badgley, Elizabeth Lail, Shay Mitchell, Luca Padovan, Zach Cherry, Nicole Kang, Kathryn Gallagher, Daniel Cosgrove, Victoria Cartagena, Natalie Paul, Mark Blum, Ambyr Childers, Hari Nef, John Stamos, Lou Taylor Pucci, Gianni Ciardiello, Michael Park, Christine Toy Johnson, Reg Rogers, Gerrard Lobo, Manini Gupta.
Produção: April Blair, Neil Reynolds, Jason Sokoloff, Adria Lang, Ryan Lindenberg
Fotografia: W. Mott Hupfel III, David Lanzenberg
Trilha sonora: Blake Neely
Edição: Gaston Jaren Lopez, Rita K. Sanders, Troy Takaki, Harry Jierjian
Figurino: Donna Maloney
Design de produção: Sarah Knowles
Direção de arte: Carmen Cárdenas
País: EUA
Ano: 2018






domingo, 30 de dezembro de 2018

PLAYLIST CULTECLÉTICA | MELHORES CLIPES DE 2018

Descrição da imagem: montagem com 4 fotos: Na primeira estão o casal Beyoncé e Jay Z parados de costas para o quadro Mona Lisa no Museu do Louvre. Ela usa um blazer rosa e ele um terno verde piscina; na segunda o cantor Troye Sivan, de sombra rosa nos olhos e batom vermelho, leva seu dedo polegar à boca; na terceira a cantora Janelle Monáe está vestindo top e calça cintilantes e um acessório no rosto com pedras brilhosas. Ao lado dela estão duas dançarinas vestidas com blusa branca, short e acessório vermelho no cabelo. Uma luz rosa ilumina o ambiente; na quarta foto estão os atores Sissy Spacek e David Strathairn se olhando com os rostos muito próximos um do outro. No centro da imagem está escrito: Playlist CultEclética: Melhores clipes de 2018



Olá, culteclétic@s! Semana passada postei aqui na coluna algumas das minhas músicas favoritas do ano. Hoje o tema é o que teve de melhor, mais lacrante e artístico no mundo dos videoclipes. Rap, pop e rock alternativo foram alguns dos destaques da música em 2018. Lembrando que em várias outras playlists que postei nos últimos meses também estão cheias de clipes legais (especialmente aqueles assinados por ótimas diretoras que vocês podem ver aqui e aqui.). Ahhh e o clipe de thank u, next da Ariana Grande foi um dos mais legais do ano, mas está na nossa playlist de clipes inspirados em filmes que postei há duas semanas :)

Vamos a lista de hoje (não está em ordem de preferência):



- The Carters - APESHIT (Direção: Ricky Saiz)




Beyoncé e Jay Z lançaram seu projeto musical juntos com o álbum Everything is Love, um dos destaques deste ano e mostrando que a Queen Bey manda muito bem no rap também. O clipe de APESHIT filmado no Museu do Louvre é pura arte, mostrando diversas obras clássicas expostas lá e o casal enaltece o lema Black Lives Matter. O melhor e mais lindo clipe do ano!



- Troye Sivan - Bloom (Direção: Bardia Zeinali)




Mais um clipe lindo, artístico e lacrante! Troye Sivan lançou um dos melhores álbuns pop do ano e a faixa título, Bloom, ganhou esse clipe todo inspirado em catálogos de moda dos anos 90, Madonna, David Bowie, Boy George e referências ao fotógrafo Robert Mapplethorpe, famoso nos anos 70 por fotografar flores e corpos masculinos e ser um símbolo da comunidade gay da época. ICONIC!
O clipe dele de My My My! também é maravilhoso.


- Childish Gambino - This is America (Direção: Hiro Murai)



Donald Glover, gênio da música e da tv, é o dono do clipe mais soco no estômago do ano. This is America é uma crítica profunda ao racismo enraizado nos Estados Unidos e ao atual momento em que o país se encontra. O diretor Hiro Murai também é diretor de episódios de Atlanta, série criada e estrelada por Glover (e uma das melhores séries do momento).


- St. Vincent - Fast Slow Disco (Direção: Zev Deans)



AAAAAAAAAAAA Rainha indie da cultura queer 💖
Annie Clark lançou essa música como um extra do seu disco Masseduction e o clipe é simplesmente maravilhoso ambientado numa boate gay.


- Janelle Monáe - Make Me Feel (Direção: Alan Ferguson)


Dirty Computer é o álbum mais lacrante do ano e não me canso de repetir isso. Falei do clipe maravilhoso da música Pynk em outra playlist, mas Make Me Feel também é um dos melhores desse ano e também é estrelado pela atriz Tessa Thompson



- Ana Cañas - EU AMO VOCÊ (Direção: Rafaela Carvalho)



Ana Cañas lançou um dos melhores álbuns nacionais do ano, o TODXS (e a capa de disco também). A versão dela de Eu Amo Você do Tim Maia ganhou um significado a mais e um clipe lindíssimo e sexy com participação da atriz Nanda Costa. Representatividade LGBTQ+ importa 💖  



- Arctic Monkeys - Tranquility Base Hotel & Casino (Direção: Ben Chappell e Aaron Brown)



Eu amei o novo álbum da banda e Alex Turner é sim um dos reizinhos da música. O clipe da faixa título do disco, todo ambientado numa estética anos 70, possui uma fotografia linda assinada por Michael Mackey Valentine.



- Muse - Algorithm (Direção: Lance Drake e Tom Teller)


O novo álbum do Muse (Simulation Theory) dividiu opiniões dos fãs da banda, mas eu gostei muito (claro que não se compara com o Black Holes and Revelations e o The Resistence), mas essa adição de batidas eletrônicas ficou legal. O clipe de Algorithm é estrelado pelo ator Terry Crews e parece uma mistura dos filmes Tron e Matrix.




- LCD Soundsystem - oh baby (Direção: Rian Johnson)



Amo tudo que o LCD Soundsystem faz e esse clipe dirigido por Rian Johnson (diretor de Star Wars: Os últimos Jedi) é lindo e estrelado por Sissy SpacekDavid Strathairn como um casal de físicos que inventam uma máquina de teletransporte para outra dimensão. 





- Paul McCartney - Who Cares (Direção: Brantley Gutierrez & Ryan Heffington)



Sir Paul McCartney lançou seu novo álbum Egypt Station (que ainda preciso ouvir inteiro) e estrela o clipe de Who Cares ao lado da atriz Emma Stone. Paul interpreta uma espécie de terapeuta e Emma durante a consulta entra num estado de hipnose e vai parar numa realidade alternativa.



Curtiram nossa lista? Faltou algum clipe que você considera um dos melhores do ano? Comentem aqui :)



sábado, 29 de dezembro de 2018

ESPECIAL | OS MELHORES FILMES DE 2018





Olá, leitores culteclétic@s! O ano está quase acabando e como sempre as listas de melhores filmes do ano costumam sair nessa época. 2018 teve muito lançamento em plataformas de streaming como Netflix, teve blockbuster de qualidade, teve filmes com muita representatividade e histórias importantes e claro, teve filmes com trilhas sonoras incríveis. Infelizmente (e obviamente) não tive como assistir todos os lançamentos, então muito filme interessante e que teve destaque no ano ficou de fora. Blockbusters como Missão Impossível: Efeito Fallout, filmes  nacionais como Ferrugem, independentes como Você Nunca Esteve Realmente Aqui (da cineasta Lynne Ramsay) e animações como Ilha dos Cachorros estão sendo considerados alguns dos melhores do ano pela crítica especializada e pretendo assisti-los em breve.

A lista CultEcética está bastante diversa com vários gêneros diferentes do cinema e vale lembrar que alguns dos filmes que estão na lista são originalmente do fim do ano passado, mas só estrearam aqui no Brasil no início deste ano. Vamos ao top 10:



10 - Aniquilação (Annihilation; Direção: Alex Garland)



Protagonizado por Natalie Portman e ainda com outras ótimas atrizes no elenco como Tessa Thompson, Gina Rodriguez e Jennifer Jason Leigh, esta ficção-científica dividiu opiniões, mas mostrou novamente o quanto Alex Garland é um dos roteiristas e diretores de sci-fi mais interessantes dos últimos anos. O filme também marca mais uma parceria entre o diretor e o ator Oscar Isaac (que trabalharam juntos em Ex Machina: Instinto Artificial).



9 - A Forma da Água (The Shape of Water; Direção: Guillermo Del Toro)



O vencedor do Oscar deste ano também dividiu opiniões, mas o filme é uma fábula maravilhosa que só mesmo Guillermo Del Toro consegue criar. O longa traz uma atmosfera fantasiosa e ao mesmo tempo tão realista assim como ele fez em O Labirinto do Fauno. E Sally Hawkins mais uma vez nos mostra que é uma das melhores atrizes dessa geração.



8 - Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird; Direção: Greta Gerwig)



Esqueça o péssimo subtítulo da tradução do filme. Lady Bird poderia ser um típico filme coming of age, mas o roteiro e direção de Greta Gerwig deixa a história muito mais interessante além das atuações de Saoirse Ronan e Laurie Metcalf como a mãe da protagonista.



7- Viva - A Vida é uma Festa (Coco; Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina)



Quem não chorar assistindo esse filme, boa pessoa não é. A Pixar mais uma vez acertando em cheio em nossos corações e contando uma história tão linda e tão profunda e que enaltece a cultura mexicana 💖



6 - Um Lugar Silencioso (A Quiet Place; Direção: John Krasinski)


Jonh Krasinski bebeu da fonte do clássico Alien: O Oitavo Passageiro de Ridley Scott e entregou um dos melhores suspenses/sci-fi dos últimos anos. Emily Blunt, diva e rainha absoluta do cinema atual, protagoniza com certeza a cena mais tensa do ano.



5- Pantera Negra (Black Panther; Direção: Ryan Coogler)


Wakanda Forever! Essa com certeza é a frase do ano na cultura pop e Pantera Negra é um dos filmes mais importantes da história do cinema (e o melhor já feito pela Marvel). O elenco fantástico, a direção maravilhosa de Ryan Coogler e a fotografia do filme assinada por Rachel Morrison são algumas das características que fazem do filme uma excelente obra empoderadora.



4 - Nasce uma Estrela (A Star is Born; Direção: Bradley Cooper)




Mais um remake de Nasce uma Estrela foi lançado, mas esse possui um algo a mais. Lady Gaga e Bradley Cooper não só possuem vozes maravilhosas e uma química enorme, mas elevam essa história clássica sobre o show business a um outro patamar em relação as versões anteriores. E não tem como não ficar com Shallow reverberando em sua cabeça. Um das músicas  do ano.
(p.s: tem crítica sobre o filme aqui no blog. É só clicar aqui pra ler).



3- Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman; Direção: Spike Lee)




Spike Lee voltou com tudo dirigindo esse filme que é inspirado no livro de Ron Stallworth, um policial negro que liderou uma investigação nos anos 70 se infiltrando no grupo racista Klu Klux Klan. O ótimo roteiro cheio de humor ácido e críticas ao racismo enraizado nos EUA também faz um paralelo com o atual contexto norte-americano, alfinetando Trump e os terríveis acontecimentos como o da cidade de Charlottesville. Os atores John David Washington e Adam Driver estão espetaculares e o filme é mais do que necessário nesses tempos em que a onda de ódio, preconceito racial e conservadorismo está assombrando o mundo inteiro.




2 - Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me By Your Name; Direção: Luca Guadagnino)



"Elio, Elio, Elio, Elio..." 💜
Mais do que um filme coming of age, Me Chame Pelo Seu Nome é um linda história sobre como um um primeiro grande amor contribui para o auto conhecimento de uma pessoa. Tudo nesse filme é perfeito: a química entre os atores Timothée Chalamet e Armie Hammer, a ambientação numa pequena cidade italiana nos anos 80, a trilha sonora de Sufjan Stevens e claro a direção de Luca Guadagnino. Além disso, a participação de Michael Stuhlbarg é maravilhosa e a cena do monólogo do seu personagem (pai do protagonista) é muito linda. Amor eterno por essa obra-prima! 




1 - Roma (Roma; Direção: Alfonso Cuarón)




O primeiro lugar merecidamente é esta obra-prima de Alfonso Cuarón 💜
Roma foi lançado há poucas semanas pela Netflix, mas foi destaque em diversos festivais de cinema como o de Toronto e o de Veneza. O filme é inspirado na infância do próprio Cuarón no período tenso no México dos anos 70 e traz a atuação maravilhosa de Yalitza Aparicio. Um filme inspirador, intimista e uma obra-prima do cinema.




Preciso fazer uma menção honrosa não a um filme, mas a um episódio de série, que funciona como um filme incrível. Estou falando de Kiksuya, episódio 8 da segunda temporada de Westworld, série da HBO criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy


O episódio é focado no personagem Akecheta (interpretado por Zahn McClarnon), um dos índios anfitriões do parque e acompanhar a história dele foi a experiência mais emocionante que tive em uma série de tv. O melhor episódio do ano pra mim de uma das melhores séries do ano, que é puro cinema! Quem dirigiu o episódio foi Uta Briesewitz, diretora que já comandou episódios de outras séries como Stranger Things e This is Us.


Gostaram do top 10?! Ficou faltando algum filme que você considera um dos melhores de 2018? Comentem aqui quais foram seus filmes favoritos do ano :)