terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Crítica de filme | Bruxa de Blair (2016)

''Infelizmente, essa sequência é puramente a cópia do primeiro filme de 1999,
mas, com alguns adicionais à mais de terror e tensão.''
Novamente, a tentativa de fazer algo diferente fugiu das mãos do diretor Adam Wingard, que não sei como, mas disse que o filme seria diferente dos demais do gênero, trazendo um terror 'puro'. Mas, calma, ele não errou em falar sobre isso, afinal, o filme é dele, e ele quis ajudar a atrair mais telespectadores. Mas, o filme só acertou bem na extrema campanha de divulgação, que foi muito forte, e graças a isso, poderá ter um bom lucro afinal de contas.

Na trama, um grupo de estudantes universitários se aventura na floresta de Black Hills para desvendar os mistérios que cercam o desaparecimento da irmã de James, que muitos acreditam estar ligado à lenda da Bruxa de Blair. No início, o grupo está esperançoso, especialmente quando uma dupla de moradores se oferece para guiá-los na floresta. Mas com o cair da noite, o grupo é surpreendido por uma presença ameaçadora e, lentamente, eles começam a perceber que a lenda é real e muito mais sinistra do que imaginaram.

A Bruxa de Blair (1999), de Eduardo Sánchez e Daniel Myrick, foi maravilhoso, porque, foi ele o pioneiro dos filmes found footage, que eu particularmente, adoro. E a essência dele foi extremamente marcante para Hollywood, criando esse novo subgênero de terror, mostrando cenas realistas gravadas em câmeras caseiras. E o bom desse tipo de filme, o orçamento é muito baixo, e quão alto é o lucro em cima tanto nas bilheterias, como nas mídias sucessivamente. 
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O fato é que o roteiro de Simon Barret, buscou tanto ressuscitar a essência da Bruxa de Blair de 1999, que, fez uma mera cópia, só que com mais sustos e com algumas cenas mais perturbadoras, como a cena um pouco bizarra da personagem Ashley, com seu ferimento na perna. Mas, não nos trouxe nenhuma novidade, apenas àquilo que já tínhamos visto. E isso tornou o filme muito batido.
A construção das expressões e dos personagens, são extremamente complexas, e cada personagem tinha uma personalidade distinta, e quem eu mais gostei desde o início do filme, foi da personagem Lisa, que é interpretada pela atriz Callie Hernandez. Ela foi muito expressiva, muito mesmo, diferentemente do seu parceiro no filme Peter (Brandon Scott (II)) que é apenas caricato demais. 
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Enfim, o filme não foi ruim, mas, também não foi bom, porque, suas expectativas para algo novo, ou mais atemorizante acontecer, tornam-se decepcionantes, e o filme acaba sendo mais um na lista das sequências desnecessárias de Hollywood. Que pena. 

Obs: Não citei o filme ''Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras'', porque, pra mim, àquilo não aconteceu, foi apenas uma miragem horrorosa que vi. Apenas. 

     Trailer legendado:


Dados do filme:

Bruxa de Blair (Blair Witch, EUA – 2016)
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Simon Barrett
Elenco: James Allen McCune, Callie Hernandez, Corbin Reid, Brandon Scott, Wes Robinson, Valorie Curry
Duração: 99 min


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